quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

JUDAS, DE TRAIDOR A HERÓI

Judas, o homem que, por 30 moedas, entregou Jesus aos soldados que o crucificaram, não seria um traidor mas sim um herói. Esta interpretação da história pode ganhar força graças a um antigo documento traduzido em 2006. Sua publicação já causa polêmicas e divide os católicos.

O manuscrito de 26 páginas em papiro, escrito em dialeto copta, foi apresentado pela revista americana National Geographic em sua sede, na capital americana. O documento, cópia de uma versão mais antiga redigida em grego, foi autenticado como sendo do século III ou IV.

Ao contrário da versão dos quatro Evangelhos oficiais, o texto em questão indica que Judas era um iniciado que "traiu" Jesus a pedido dele próprio, e para a redenção da Humanidade. A principal passagem do documento é atribuída a Jesus, que diz a Judas: "Tu superarás todos eles. Tu sacrificarás o homem que me cobriu." Segundo exegetas, a frase significa que Judas ajudará a libertar o espírito de Jesus de seu invólucro carnal.

Essa descoberta espetacular de um texto antigo, não-bíblico, é considerada por especialistas uma das mais importantes atualizações dos últimos 60 anos no que se refere ao nosso conhecimento sobre a História e a diferentes opiniões teológicas sobre o começo da era cristã", indicou Terry Garcia, vice-presidente executivo da revista americana.

A existência desse Evangelho foi comprovada por Santo Irineu, primeiro bispo de Lyon, que o denunciou em um texto contra as heresias em meados do século II.

O texto, está sendo traduzido para inglês, francês e alemão por Rudolph Kasser, considerado como o maior especialista em língua copta do mundo.


Apócrifo

Quanto ao conteúdo, segundo estudiosos que tiveram acesso à copia de alguns trechos, não há dúvidas. O código transcreveria o "evangelho de Judas", um apócrifo do século um. Os evangelhos são a principal fonte de informações sobre Jesus Cristo. Os quatro que a igreja reconhece, que são definidos como canônicos são: Mateus, João, Marcos e Lucas.

Na opinião de alguns estudiosos, o documento poderá revolucionar o modo de entender a primeira fase do cristianismo e dar uma nova imagem ao homem que "traiu" Jesus com um beijo.

Em sua edição de maio de 2006, a National Geographic dedicou um longo artigo à descoberta. Em colaboração com a fundação Maecenas, a revista também apresentará nos Estados Unidos um documentário de duas horas de duração sobre o assunto, em seu canal de TV a cabo.

Fonte: http://diversao.uol.com.br/ultnot/2006/04/06/ult32u13696.jhtm
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI842598-EI2418,00.html

Ressonância Schumann

Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou possui base real? Pela “ressonância Schumann” se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann) mais ou menos constante da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio a biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz. Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um “simulador Schumann” recuperavam o equilíbrio e a saúde.

Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a frequência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido a aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schumann.

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos exotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançadores como a irrupção da quarta dimensão pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com bioritmo da Terra.

Não pretendo reforçar este tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuimos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann. Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem stress, com mais serenidade, com mais amor que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anti-cultura dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra para conspirar com ela pela paz.

Do site: http://leonardoboff.com/site/lboff.htm