Estados Unidos vivem uma situação inédita e perigosa na crise financeira
A economia americana teve enormes gastos com guerras no Afeganistão, no Iraque, e com pacotes de investimento para tentar recuperar o crescimento do país, que fizeram a dívida chegar a US$ 14,3 trilhões nos últimos anos.
Nem o país mais rico do mundo está livre de problemas com dívidas. Gastos com as guerras no Afeganistão e no Iraque e os pacotes com muito dinheiro para tentar recuperar o crescimento do país fizeram a dívida crescer nos últimos anos.
E o número é bem grande: US$ 14,3 trilhões, o equivalente a R$ 23 trilhões. Esse valor, atingido no mês passado, é o máximo que os Estados Unidos podem ter de dívidas. Mais do que isso, só se o Congresso Americano autorizar, mas democratas e republicanos precisam se entender.
Antes de concordar com o aumento do limite da dívida, a oposição quer que o governo se comprometa em cortar gastos em áreas como a da saúde. Já o partido do governo diz que os cortes não podem vir da área social e sugere, por exemplo, retirar o benefício fiscal que as companhias de petróleo têm no país.
O acordo para aumentar o teto da dívida tem que sair até o dia dois de agosto. Até lá, segundo o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, os Estados Unidos têm dinheiro para se financiar.
Quase todos acreditam que o aumento vai ser autorizado. Mas e se isso não acontecer? O país vai deixar de pagar as contas? E os credores?
Uma parte da dívida americana está nas mãos de outros países. O Brasil, por exemplo, é o quarto maior credor. É até difícil imaginar os Estados Unidos, considerados no mercado financeiro como risco-zero, darem um calote na dívida. Seria um estrago em escala mundial.
Para Michael Gapen, ex- economista do Banco Central Americano e do Fundo Monetário Internacional, a possibilidade de suspensão do pagamento da dívida é muito pequena. Mesmo se não houver acordo no Congresso, ele diz, o provável é que o país corte despesas internas para poder continuar fazendo os pagamentos.
O problema é que com isso o país poderia entrar novamente em uma recessão, o que seria ruim para o mundo todo.
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